quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Em São Paulo tem Reggae do bom com Reggaebelde

O Vida Paulista conversa hoje com os integrantes da Banda Reggaebelde. Vamos conhecer um pouco mais sobre a rotina de trabalho dos integrantes da banda e as formas encontradas para divulgar as músicas e atrair o público.

Se você tem vontade de ter ou já tem uma banda, independente do estilo musical, vale a pena acompanhar as respostas que eles deram ao Vida Paulista sobre a forma de divulgação das músicas, CD etc com criatividade e longe da grande mídia.

Se você, assim como eu, não é um conhecedor profundo do reggae, acompanhe "o papo" para aprender um pouco mais e despetar a sua curiosidade para o talento da Reggaebelde.

A Banda Reggaebelde

Tudo começou quando o cantor e compositor baiano Savilar musicou cinco poemas e cinco letras do jornalista, poeta e baixista paraibano Antonio Carlos. Porém, Savilar e os músicos que participaram da gravação do CD já tinham trabalhos autorais e Antonio Carlos assumiu a direção executiva do CD, a liderança da banda e gravou as linhas de baixos.

O Savilar atua na cena reggae há mais de 20 anos e já está no terceiro CD.

O cantor, compositor, violonista e guitarrista paulistano Tiago Stocco fez a direção musical e gravou a guitarra base, solo e o violão base. Ele tem um trabalho autoral com a Bandumana que está no segundo CD. Completa o time o baterista paulistano Pérsio Sani, que é músico de estúdio, professor de bateria e que mostrou toda sua experiência, técnica, criatividade e suingue nesse trabalho.

A Reggaebelde "nasceu no estúdio" através da união destes músicos que mesmo tendo projetos e influências musicais diferentes, colocaram suas experiências e criatividade a serviço do reggae raiz de sotaque brasileiro. Reggae-MPB. A proposta musical é um reggae com influência da música popular brasileira, sem a obrigação de ser rastafari nem de cultuar os costumes da cultura jamaicana. Uma banda brasileira que toca reggae e que em suas letras trata de questões sociais, humanistas e poéticas. Aproximando o gênero reggae a ouvidos de quem gosta de outro estilo musical.

O CD

Reggae baseado em poesias tem 10 Reggae raiz com o "tempero da MPB" e as letras trazem reflexões direta sobre o cotidiano, a sociedade, a cultura negra, justiça e consciência social. Na sonoridade, eles fogem dos clichês do reggae, por isso, a ausência de teclados e metais. Eles se aproximam da música brasileira tendo o violão como base (violão tocado como tal e não imitando a guitarra) e uma bateria discreta e com muito suingue.

A guitarra aparece na base com o pedal wah-wah, nos solos e frases deixando os arranjos com um clima hipnótico, bem característico no reggae. As opções estéticas deste primeiro trabalho não descaracterizaram o "DNA" do reggae. E os arranjos bem elaborados, a atmosfera acústica do "Som" não deixaram a sonoridade das músicas caírem na monotonia do "bate-estaca", que é o "Calcanhar de Aquiles" do som jamaicano.

Com a formação voz, guitarras, violão, baixo e bateria eles acreditam ter voltado aos primórdios do reggae, mais acústico, cru e visceral.

O Show

O repertório do show conta com as 10 músicas do CD e covers de reggae nacional, algumas músicas da MPB em versão reggae e um tributo a Bob Marley, com cinco sucessos do rei do reggae. Um show de reggae para dançar, pensar e se divertir.

A Rotina da Reggaebelde

1) Quais são as maiores dificuldades para uma banda ainda pouco conhecida?
Reggaebelde - Todas as dificuldades que têm as bandas conhecidas, com o grande detalhe de não termos o que elas têm: GRANA. Não temos espaço na grande mídia. Temos que conquistar nosso público dia a dia, no corpo a corpo. E usamos bem a divulgação pela internet. Existe pouco espaço legal para show para as bandas iniciantes, mas se fosse fácil ter sucesso e êxito, todo mundo era artista e não público. Então, quem está na chuva é pra se molhar.

2) Quais são as profissões dos integrantes da banda?
Reggaebelde - Antonio Carlos, é jornalista por formação e de atuação; Edu Camargo, Welton Drums e Tiago França trabalham na área administrativa e Tiago Stocco e Savilar atuam na área musical e em estúdio.

3) Quais são as melhores opções para se divulgar um trabalho fora da grande mídia?
Reggaebelde - Internet em geral e rádios comunitárias, webradios e jornais e site na internet.

4) Quais são as expectativas de vocês?
Reggaebelde - Fazemos um reggae sem ter os clichês do reggae. Um reggae mais próximo da MPB, então sabemos que a estrada vai ser longa pra todo mundo entender. Mas com o tempo, quem sabe seremos uma referência. Um reggae pra dança e pensar.

5) Quais são as dicas que vocês dão aos músicos que estão começando na carreira?
Reggaebelde - Primeiro ter a música como objetivo prioritário. E segundo, foco na carreira. Não se deslumbrar com o mundo artístico. Ser mais músico que artista.

A Cara da Reggaebelde

Como é sempre bom conhecer "caras" novas, abaixo estão as fotos (arquivo da banda) da galera da Reggaebelde.













O CD - Vale a pena escutar as músicas.
Eu ganhei um do Antônio Carlos e, mesmo
não conhecendo muita coisa sobre reggae,
amei as letras, a melodia e a sensação gostosa
de ouvi-los.













Welton Drums, baterista.












Edu Camargo, contrabaixista.










Da esquerda pra direita: (Tiago Stocco - Guitarra, violão e voz; Savilar - Voz e autor das melodias; Pérsio Sani (baterista que gravou no CD) e Antonio Carlos (que gravou o contrabaixo no CD e é autor das letras).













Antônio Carlos (amigo
para a vida toda), violão e voz.

Fale com a Reggaebelde

(11) 9853-5545 - Falar com Antônio Carlos
Site da banda: www.acmultimidia.jor.br/reggaebelde
E-mail: bandareggaebelde@hotmail.com
Myspace: www.myspace.com/reggaebelde

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